EDITOR: Edgar Olimpio de Souza (O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

 

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Vanguarda teatral em Sampa

Um dos espetáculos não tem atores, em outro o diretor entra em cena, um terceiro mistura intérpretes com manequins, bonecas, vídeos e fotografias.

A segunda edição da Mostra Internacional de Teatro de São Paulo, que acontece de 6 a 15 de março e reunirá doze montagens, promete foco na experimentação da linguagem e no radicalismo.

“As obras tratam de zonas de conflitos geopolíticos, como entre Rússia e Ucrânia, Palestina e Israel, radicalizam a relação entre teatro e cinema e vídeo e mergulham na releitura de clássicos”, sintetiza o diretor artístico Antonio Araújo.

Vão desembarcar na MITsp produções da Rússia, Alemanha, Israel, Itália, Holanda,  Ucrânia e Colômbia.

O Brasil será representado pela companhia da diretora Christiane Jatahy, com as encenações de E Se Elas Fossem para Moscou?, a partir de As Três Irmãs, de Tchékhov, e Júlia, inspirada em Senhorita Júlia, de Strindberg.

Um espetáculo terá estréia mundial: Canção de Muito Longe, do encenador holandês Ivo van Hove.

Na trama, com música ao vivo, um jovem banqueiro viaja de Nova York para sua cidade natal Amsterdã para assistir o funeral do irmão mais novo.

Com quase cinco horas de duração, Gaivota abrirá o evento (foto inicial).

Uma das novidades é que o próprio diretor russo Yuri Butusov pisará no palco.

Também da Rússia, Opus nº7, de Dmitri Krymov, combina show, teatro e performance visual.

Com ritmo lento e diálogos minimalistas, o espetáculo alemão Senhorita Júlia, de Katie Michell e Leo Warner, tem ares de polêmica.

Outro representante da Alemanha, o não linear Stifters Dinge, de Heiner Goebbels, descarta atores, tem pianos sem pianistas e se desenvolve por meio de luz, imagens, sopros, sons, vozes, vento, névoa, água e gelo.

A montagem italiana As Irmãs de Macaluso, de Emma Dante, enfoca a história de uma família que se encontra para um funeral.

A Ucrânia aterrissa com o surreal e anarquista Woyzeck, de Andriy Zholdak, contemplado com o Prêmio UNESCO 2004 para as Artes Cênicas.

O coreógrafo israelense Arkhadi Zaides mostra Arquivo, no qual interage com imagens filmadas por palestinos na Faixa de Gaza.

A trupe colombiana La Maldita Vanidad apresentará duas montagens em torno de conflitos familiares: Morrer de Amor, Segundo Ato Inevitável: Morrer e Matando o Tempo, Primeiro Ato Inevitável: Nascer.

“Muitos trabalhos são difíceis mesmo, queremos quebrar essa estética de festival com peças feitas para agradar e entreter o público”, alerta Araújo.

Na edição passada compareceram catorze mil espectadores e as filas gigantescas incomodaram o público.

Nesta, a estratégia passa pela cobrança de ingressos populares (R$ 20), mais sessões por espetáculo e maior número de teatros e centros culturais.

Além das peças, a mostra programou uma intensa agenda de encontros, debates teatrais e políticos e intercâmbios artísticos.

Críticos convidados irão analisar as obras e as críticas serão distribuídas nas portas dos espaços teatrais. 

O evento é correalizado pelo Sesc São Paulo, Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo e Centro Internacional de Teatro Ecum (CIT Ecum).

Mais informações no site: http://mitsp.org

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